ESCADA DE MARINHEIRO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Apresentamos a seguir Especificação Técnica de
Construção para projeto e execução de escada de marinheiro de acesso à laje
de cobertura de reservatório, em ambientes abertos.
A RTP-04, Recomendação Técnica de Procedimento, de 12/12/2002, elaborada pela FUNDACENTRO, vinculada ao Ministério do Trabalho, atendendo ao disposto no item 18.35 da NR-18 Norma Regulamentadora de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, apresenta subsídios para o cumprimento da Norma em relação a escadas, rampas e passarelas. Da página 33 até40 a RTP-04 trata sobre escada de marinheiro. A escada de marinheiro é construída e utilizada para acessar locais elevados, com grau de inclinação em relação ao piso variando de 75º a 90º, possuindo gaiola de proteção.
A RTP-04, Recomendação Técnica de Procedimento, de 12/12/2002, elaborada pela FUNDACENTRO, vinculada ao Ministério do Trabalho, atendendo ao disposto no item 18.35 da NR-18 Norma Regulamentadora de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, apresenta subsídios para o cumprimento da Norma em relação a escadas, rampas e passarelas. Da página 33 até
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Figura 1 - Dimensionamento e fixação de escada de marinheiro– RTP 04 |
A escada deve resistir à intempérie e à corrosão, caso estejam expostas em ambiente externo ou corrosivo (NR12). Os montantes verticais devem ser fixados na parede no máximo a cada
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Figura 2 - Detalhe da gaiola |
Ao utilizar a escada, as pessoas não deverão
transportar cargas, para que as mãos fiquem livres para apoiar nos degraus.
Quando for imprescindível o transporte de cargas, ele deverá ser feito por
içamento. Ao transpor a escada, o corpo deverá ser mantido de frente para os
degraus. Nunca descer ou subir a escada de costas. As mãos deverão apoiar nos degraus
e nunca nos montantes.
No interior da gaiola não deverá passar nenhum tipo de tubulação ou qualquer outro material que ofereça risco ao usuário.
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Figura 3- Disposição da gaiola de proteção |
Conforme Norma Reguladora NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, item 12.76, e Portaria MTE 1893 de 09/12/2013, deve ser utilizada barra de aço galvanizado de 38 mm na vertical e 25 mm de diâmetro ou espessura na horizontal, espaçamento entre barras horizontais de 25 cm a 30 cm . As barras horizontais devem possuir forma, superfície ou ranhuras para prevenção de deslizamento. As escadas fixas do tipo marinheiro devem ter as gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a 3,50 m , instaladas a partir de 2,0 m do piso. As gaiolas de proteção devem possuir barras verticais com espaçamento máximo de 30 cm entre si e distancia máxima de 1,50 m entre arcos e vão entre arcos de no máximo 30 cm .
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Figura 5 - Funcionamento do
parafuso em tijolo furado |
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Figura 4 - Parafuso parabolt com jaqueta de nylon |
A fixação da escada de marinheiro poderá ser executada com
parafuso parabolt tipo CBN, provido de jaqueta de nylon, conforme
figura 4, especial para tijolos furados e blocos de concreto, conforme figura
5. O parafuso deve ser de aço zincado com no mínimo Ø 3/8” X 75 mm , conforme boletim técnico do fabricante ANCORA[1]
em anexo.
Claro está que o ideal é prover sua fixação diretamente dentro do concreto quando de sua produção, mediante a utilização de chumbadores tipo SOLEX[2] tipo “J” ou “I”, fixados à armadura, conforme figuras 6 e 7. Na região de fixação da escada pode ser projetado um pilar de concreto armado somente para receber as ancoragens necessárias.
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Para garantir a durabilidade da escada,
exposta à intempérie, pintar com tinta esmalte sintético anti-oxidante tipo HAMMERITE
da Coral.
Esta tinta pode ser aplicada diretamente
sobre superfícies metálicas e/ou galvanizadas e deve ser utilizada conforme
instruções do fabricante[3]
para proporcionar até 3 anos de proteção, conforme boletim técnico em anexo.
Não é definida em norma a forma de fixação
da escada ao corpo do prédio. No entanto a figura 3 indica ancoragem mecânica
no interior do substrato. Caso não exista projeto da escada de marinheiro cabe
ao responsável técnico pela execução da obra tomar decisões sobre seu
dimensionamento, demais disposições construtivas e principalmente quanto a sua
fixação.
Caso as recomendações aqui relatadas não
sejam seguidas pelo menos duas propriedades devem ser garantidas:
1- a rigidez da escada para resistir aos esforços
solicitantes, provocados pelos usuários;
2- a eficiência
de sua fixação ao substrato.
Aécio de Miranda Breitbach – MsC
Engenheiro Civil – Visto CREASC 024.122-1